Nexo?! Sim, dói.
Entender. Verbo, opção, problema, desejo, sentimento, tudo, nada, triste, feliz, bom, ruim. PARADOXO. Dor, angustia, lágrimas, sofrimento, depressão, quando confuso. Porém felicidade, satisfação, alegria, ambição, sonho, quando compreendido. Quem ama entende. Entende? Confunde! Confunde o entendido ou confunde o sentimento? Se é entendido, é certeza. Mas se há certeza, o entendido continua sendo confusão? Confuso. ÓDIO! Fuga do entendimento. Perda da razão. Não entende! Odeia. Confusão? Odeia. Amor ininteligível! Odeia. Quem confunde foge. Foge do problema, da confusão, da DÚVIDA. Foge rumo ao entendimento. E quando entende? Desiste! Não busca, não procura. PÁRA. Ser humano, dolorosamente prazeroso, o mais difícil dos entendimentos confusos. Entende?
Words can't bring me down... Será?
Mais uma noite fria no Rio de Janeiro. Mais uma madrugada em claro ao som de Beautiful. E por falar em Beautiful, acho que Christina estava no mínimo com alguns milhões em sua conta e com o amor de sua vida esperando-a, talvez, em alguma de suas mansões quando interpretou essa música! Tudo é muito beautiful quando se está nessas condições.... enfim, Christina Aguilera é o que menos importa nisso tudo.
É de extrema complexidade as surpresas que a vida tem nos reservado. Aguilera já dizia, sempre está tudo muito bem quando, sem que você ao menos espere, o mundo despenca sobre sua cabeça e o chão foge dos seus pés e, para você, resta apenas uma questão: "Am I beautiful?".
O mais incrível é ver como as pessoas tratam isso com uma simplicidade absurda. Basta apenas olhar para a realidade e se ater a um "você é capaz!", ou talvez um "isso passa!". É simples achar que "words can't bring me down" quando quem profere tais palavras é uma das maiores cantoras da música pop da atualidade. Mas porque será que é tão difícil tomar ciência de tais coisas quando, nesta batalha travada contra o problema, o lutador somos nós? O que acontece quando a força se exaure, quando os passos parecem se alongar? O fim ou apenas o começo para um nova luta contra o prórprio sentimento, fechando assim o cíclo do que poderiamos chamar de peripércias da vida?
Nos resta tapar os olhos e viver a doce ilusão de que somos seres com incrível capacidade de superação e que as problemáticas enfrentadas por nós diariamente são coisas banais, que são diluídas nas lindas letras de Christina Aguilera!

So, don't you bring me down today.
C'est moi?
O fato é: até que ponto somos o que achamos ser? É uma pergunta que me faço diariamente. Sou realmente o que conheço? Sou o que vejo? Sou o que acham que sou?

A camada epitelial não é simplesmente uma estrutura de revestimento, encarregada de comportar músculos e ossos. Há muito além do que se pode notar. Há algo intrínseco à carne, misturado ao sangue, entrelaçado à sinapses nervosas, algo que, para muitos, está muito aquém da capacidade de percepção. Talvez possamos trabalhar com a idéia de alcance, porém para alguns, por medo, ou seja lá qual for a razão, essa possibilidade é absolutamente bloqueada, criando-se métodos de fuga deste algo. E este grande bloqueador tem nome; carcaça; cor; estilo cultural, e por incrível que pareça, capacidade de percepção! Um tanto quanto contraditório, não? Por mais paradoxal que seja, o homem - ser ao qual mencionei anteriormente – possui essa capacidade de detecção e até mesmo quer utilizá-la, porém não o faz pelo fato de repugnar ou omitir de si próprio o algo que sabe que existe.

Enfim. Pouco importa o bloqueador. Atenhamo-nos ao “algo”. O que poderia estar tão próximo, a ponto de estar enraizado ao ser, incutido à maquina humana, e ao mesmo tempo tão distante? A resposta está evidente! O tão famoso, comentado, questionado, Eu. Exato. Soa estranho? Talvez. Mas é exatamente deste conceito que faço esta análise.

Este Eu não é simplesmente o eu que você, ou sua mãe ou talvez um amigo conheça, mas é a essência, a origem, a solução para o caos. Causado por quem? Pelo eu! Note que este eu é grafado com inicial minúscula. E não é à toa. Esse eu a quem faço referência é justo o eu que pensamos conhecer, ou talvez o eu que apresentaram para nós. É isto mesmo! Há um conflito intermitente entre o eu e o Eu. Loucura isso? Não. Se pararmos para pensar é lógico. Você nunca será o que deseja ser por mais que queira. Não me interprete de forma negativa. Em momento algum estou sendo pessimista em meus pensamentos, apenas estou dando continuidade a uma linha de raciocínio.

Por mais que queiramos ser o que de fato o Eu quer, somos reprimidos pelo eu. Repressão essa derivada de fatores sociais, políticos, psicológicos ou qualquer outro que seja. Não importa! O fato é que, este “algo” citado no início, que descobrimos ser o Eu, está escondido, guardado, esperando o momento para ser eclodido, buscado, entendido, para que assim possa ser conciliado e andar de mãos dadas com, o que poderíamos apelidar assim, o eu exterior. Nossa! Seria incrível poder extravasar o que se sente, agir da forma que se quer, não se privar de sentimentos. Mas ficaria a pergunta que é e sempre será cíclica: até que ponto sou? Sou o que acho ser ou sou o que me criaram? Fica a pergunta. EU seria capaz de responder?
Do latim Didacus. Ego sum!
"Ego é o centro da consciência inferior, diferente do Eu que é centro superior da consciência . O Ego é a soma total dos pensamentos, idéias, sentimentos, lembranças e percepções sensoriais. É a parte mais superficial do indivíduo, a qual, modificada e tornada consciente, tem por funções a comprovação da realidade e a aceitação, mediante seleção e controle, de parte dos desejos e exigências procedentes dos impulsos que emanam do indivíduo. Obedece ao princípio da realidade, ou seja, à necessidade de encontrar objetos que possam satisfazer ao id sem transgredir as exigências do superego. Quando o ego se submete ao id, torna-se imoral e destrutivo; ao se submeter ao superego, enlouquece de desespero, pois viverá numa insatisfação insuportável; se não se submeter ao mundo, será destruído por ele."
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